A nível dos olhos poderá ocorrer numa fase inicial conjuntivite com olhos vermelhos, pálpebras inchadas, visão turva, lacrimejo constante e aumento sensibilidade ocular (fotofobia). Numa fase mais tardia pode ocorrer cegueira!
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) “Estão a aumentar casos de Sarampo no Mundo” sendo que “Já foram registados cerca de 364 mil casos este ano. Na Europa cresceu 120% e, segundo a OMS, o sarampo reapareceu em quatro países europeus, entre os quais o Reino Unido. (relatório de Agosto de 2019).
“Em Portugal, a situação é menos preocupante. Nos primeiros seis meses deste ano, houve apenas 10 casos. No ano passado, foram registados 171. Além disso, o país mantém o estatuto de eliminação do sarampo desde 2015, apesar dos surtos pontuais”.
“O regresso da transmissão do sarampo é um problema preocupante: se não conseguirmos estabelecer e manter alta a cobertura de imunização em cada comunidade, crianças e adultos terão um sofrimento desnecessário e alguns estarão condenados a uma morte trágica”, alertou Günter Pfaff, presidente do Comité Regional para a Verificação da Eliminação do Sarampo e da Rubéola.
“O sarampo está a ressurgir em todo o mundo devido ao escasso acesso aos cuidados de saúde e à desconfiança relativamente às vacinas. Até 2016, no entanto, estava em regressão” e “Não existe cura, mas a doença pode ser evitada com duas doses de uma vacina, segundo a OMS, que estima que mais de 20 milhões de mortes são evitadas em todo o mundo entre 2000 e 2016 graças a à vacinação.
O vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infeciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra. Os doentes são considerados contagiosos desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea.
Os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois de a pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal.

O sarampo pode-se apresentar de uma forma extremamente grave, principalmente no que diz respeito aos sistemas respiratório e nervoso central, podendo causar a morte.
Contudo, possíveis complicações oculares recorrrentes da doença devem receber atenção redobrada, pois podem levar á cegueira.
O sarampo é uma doença virica contagiosa, que pode comprometer o corpo humano, até a visão. A criança que adquire o sarampo depois do nascimento terá um quadro viral com manchas pelo corpo, febre, dor no corpo “estado gripal”, podendo levar à pneumonia. A nivel dos olhos terá uma conjuntivite com olhos vermelhos, pálpebras inchadas, visão turva, lacrimejo constante e aumento da sensibilidade ocular (fotofobia).
Nessa fase, na maioria das vezes, temos somente a conjuntivite ou queratite, onde a córnea é atingida de uma forma mais leve. Dependendo da imunidade neurológica da criança e do estado do virus, podem aparecer tardiamente alterações de córnea importantes, que podem levar a cicatrizes e até a um transplante.
A outra fase que chama atenção é quando o adulto tem o sarampo.
Se a mulher estiver grávida, e dependendo da época da gestação, a doença pode afetar o feto e aí sim, as patologias podem ser bem mais graves. Para além do atingimento da cornea (cicatriz e opacidade), a criança não desenvolverá normalmente o seu olho, podendo ocorrer casos de nevrite do nervo óptico e inflamações em toda retina, situações oculares graves que podem levar à cegueira.
“O sarampo durante a gravidez está associado a aborto espontâneo, prematuridade e complicações maternas”, e “Se contraído no final da gravidez pode levar a infeção perinatal que tem uma elevada letalidade e parece estar associada a um maior risco de panencefalite esclerosante subaguda”. segundo a Direção Geral da Saude (DGS)
O tratamento a nível ocular deve ser feito com compressas frias, bastante lubrificação, anti-inflamatório tópico, antibiótico tópico (co-infeção) e higiene local para não existir risco de contaminação virica. O ideal é ser semrpre observado por um oftalmologista, que poderá avaliar durante e depois se ficou com alterações graves a nível ocular.
