Todos os dias milhares de pessoas são impedidas de ir para o seu trabalho ou para a escola por crises de enxaqueca. Essas crises, muitas vezes duram vários dias, deixando sequelas mesmo depois que terminam, sendo dessa forma a maior causa de absenteísmo do trabalho em todo o mundo.
Existem muitos tipos de quadros clínicos diferentes de enxaqueca. Por vezes é complexo, mas é importante compreender e identificar as causas da enxaqueca para saber como melhor tratá-la. Frequentemente, encontramos uma estreita relação com o sistema visual.
O que pode causar a enxaqueca?
De entre os principais causas que podem estimular essas regiões do cérebro, estão as flutuações hormonais, estímulos ambientais como o clima ou luzes fortes, certos odores, álcool, alguns alimentos, falta de sono e o stress.
A maioria das crises são precedidas da perceção de uma aura luminosa e um dos principais sintomas da enxaqueca é a sensibilidade à luz (fotofobia). A luz está presente assim na manifestação inicial e pela hipersensibilidade durante a crise. É natural, portanto, que o passo inicial determinante para o tratamento da enxaqueca, comece pela abordagem dessa sensibilidade, que está associada ao sistema visual.
Fotofobia e o sistema visual
A fotofobia é extremamente comum em pessoas com enxaqueca – entre 85 e 90% das pessoas com esse tipo de dor de cabeça, manifestam uma hipersensibilidade à luz
As pessoas normais adaptam-se ao dia e a noite, à quantidade de luz e conseguem ver bem tanto em baixa quanto em elevada iluminação. Se não conseguem adaptar-se, a queixa é de hipersensibilidade, ou por outras palavras, fotofobia.
“Em 2002 foi descoberta uma nova célula na retina – IPRGC (Intrinsically Photosensitive Retinal Ganglion Cell) – fotorreceptor intrínseco que é a responsável, entre outras coisas, pelo ajuste dos nossos olhos à luz ambiente. Um desequilíbrio ou um mau funcionamento desta célula leva a uma instabilidade na nossa capacidade de nos adaptarmos ao nível de luz ambiente. No seu mau funcionamento, a fotofobia e as náuseas podem-se tornar frequentes, resultando em crises de enxaqueca. Descobriu-se também que essa célula é sensível a certos comprimentos de onda presentes em ambiente de luz artificial, especialmente de fontes de luz artificial, como os de LED”.
Esta descoberta tornou possível entender mais sobre a sensibilidade dessas pessoas à luz (quando estão com crises de enxaqueca).
O tratamento para a fotofobia
É a partir da retina que as células fotorreceptoras transformam a luz em sinais elétricos. Supõe-se que uma transcodificação incorreta seja responsável pela fotofobia.
Os filtros espectrais (lentes fotossensiveis) em tonalidades e combinações diferentes, oferecem solução personalizada, sendo capazes de filtrar os comprimentos de onda que causam a fotofobia.
Cuide da sua saúde visual!