A Retinopatia Diabética consiste numa complicação da Diabetes Mellitus. Ocorre quando os pequenos vasos sanguíneos na retina perdem a sua integridade estrutural o que condiciona exsudação plasmática para o meio extracelular, fazendo com que haja uma deficiente circulação sanguínea. O Edema Macular Diabético é uma das suas complicações que traduz em perda visual associada. Associa-se à presença e acumulo de liquido na área central da retina (mácula).
O aparecimento da doença está relacionado principalmente com a duração da diabetes e o descontrolo da glicemia, com valores de HbA1c superior a 6%. É a principal causa de cegueira entre os 20 e os 64 anos.
Quais são os sintomas?
Esta patologia evolui quase sempre sem sintomas visuais, que podem surgir apenas numa fase mais avançada da doença. Noutras situações, a doença pode começar com uma hemorragia intraocular, sendo o primeiro sintoma o aparecimento espontâneo de manchas que obscurecem parcial ou totalmente a visão.
Quando já existem sintomas estes são: diminuição da acuidade visual, visão turva, “moscas volantes”, flashes ou perda acentuada ou total da visão.
Identificar os doentes de risco, permitindo-lhes que sejam submetidos a intervenções terapêuticas, de forma atempada, representa o desafio mais importante para todos os profissionais de saúde envolvidos.
Como se trata a Retinopatia Diabética?
A perda de visão por Retinopatia DIabética diminui significativamente com uma deteção precoce e a intervenção imediata.
A maioria dos doentes apenas precisam de realizar observações oftalmológicas regulares anuais.
Quando surgem complicações, pode ser necessário injetar medicamentos intravítreos (anti-VEGF e corticoides) e aplicar Laser seletivamente nos vasos anormais da retina para reduzir o edema macular e as áreas isquêmicas (sem suprimento de sangue) de forma a prevenir-se a progressão da doença. Nos casos mais avançados, com hemorragia intravítrea (intraocular) e/ou descolamento tracional da retina, é necessário proceder-se a uma vitrectomia.