Coriorretinopatia Serosa Central ocorre quando a visão de um ou dos dois olhos começa a ficar turva ou distorcida e surgem manchas acinzentadas na região central da visão.
Causas
Não se sabe ao certo como a doença se origina, está associada a um aumento dos níveis de um hormônio chamado cortisol, estando ligada a situações de stress, personalidade tipo A, hipertensão e cefaleias.
Quase sempre é idiopática, embora esteja descrito que possa estar associada a gravidez, ao Lúpus, pacientes em hemodiálise/transplantados, síndrome de Cushing, à gastrite por H. pilory, apnéia do sono e uso de medicamentos que contém corticosteróides (pomadas, comprimidos, inaladores, ou infiltrações).
Epidemiologia
A maioria dos pacientes com esta doença tem entre 25 e 45 anos. Atinge mais os homens, representando mais de 85% dos casos, o que não significa que não possa afetar mulheres também.
Clínica
Carateriza-se sobretudo pelo aparecimento de um descolamento seroso da retina e numa zona delimitada. Numa fase mais adiantada ocorre fibrina subretiniana e zonas atróficas do epitélio pigmentar da retina pelo descolamento recorrente e prolongado, assim como flutuação do liquido subretiniano e neovascularização coroideia.
É comum, também, ocorrer a recorrência da doença durante a vida do paciente.
A queixa mais comum da doença é a percepção de uma mancha escura no centro da visão (escotoma positivo). Pode ocorrer uma diminuição variável da acuidade visual.
Diagnóstico
A melhor forma de chegar ao seu diagnóstico é durante a consulta ver uma grelha de Asmler, fazer um OCT e uma Angiografia Fluorescêinica onde nos mostra o ponto focal de exsudação da fluorescência no espaço subretiniano (fase tardia).
Tratamento
A maioria dos casos são autolimitados, com uma duração aproximada de 6 semanas. O laser pode ajudar a recuperar a visão (acelera a absorver o liquido) fazendo-o no ponto de fuga.
Os fármacos antagonistas dos mineralocorticoides, como a espironolactona. Eles atuam bloqueando esses receptores e consequentemente diminuem a vasodilatação coroideana, melhorando o quadro da doença.
Ao usar estes remédios, deve-se estar atento ao nível da monitorização dos níveis de potássio
A finasterida tem uma indicação relativa no tratamento da doença e se mostrou uma opção eficaz e segura no tratamento dos pacientes.
A melatonina, um hormônio produzido pela glândula pineal relacionado ao sono, se mostrou eficaz com relação ao ganho de visão no tratamento da doença. O tratamento da bactéria H. pilory em pacientes parece ter papel importante no tratameto.
Prognóstico
Geralmente, essa doença ocular tende a desaparecer naturalmente após três ou quatro meses, sem deixar sequelas no paciente. No entanto, em 5% dos casos, pode evoluir para perda severa e permanente da visão central. Para evitar que isso ocorra, é necessário fazer tratamento adequado.
É excelente, no qual cerca de 2/3 dos doentes recuperam a acuidade visual para 20/30 ou mais.