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12 Novembro, 2021
Como saber se tem ou não retinopatia diabética
por Rui Avelino | Retina

A retinopatia diabética geralmente começa sem qualquer alteração perceptível na visão. No entanto, um oftalmologista pode detectar sinais importantes.

É importante que as pessoas com diabetes façam um exame aos olhos pelo menos uma vez por ano ou quando um médico recomenda que o façam.

Diagnóstico

Exame de dilatação do olho

Para um exame de dilatação dos olhos, o oftalmologista coloca gotas nos olhos da pessoa. Essas gotas dilatam as pupilas e permitem ao médico ver o interior do olho.

Retinografia

Ela vai tirar fotos do interior do olho para procurar a presença de:

  • anormalidades nos vasos sanguíneos, nervo óptico ou retina
  • catarata
  • mudanças na pressão intra-ocular do olho
  • novos vasos sanguíneos
  • descolamento de retina
  • tecido cicatricial ou anómalo

Angiografia de fluoresceína

Para realizar a angiografia com fluoresceína, o oftalmologista usa colírios para dilatar as pupilas e injeta um corante chamado fluoresceína numa veia do braço da pessoa.

Vão-se tirando fotos enquanto a fluoresceína circula pela corrente sanguínea dos olhos. O corante pode estravazar para a retina ou manchar os vasos sanguíneos se os vasos sanguíneos estiverem anormais.

Neste exame o médico observa e determina quais os vasos sanguíneos que estão extravasando liquido, estão lesionados ou bloqueados.

Essas informações fornecem orientações precisas para qualquer tratamento a laser ou não. Por vezes, pode indicar a necessidade de proceder de forma a injeções intravítreas dentro do olho.

À medida que a fluoresceína sai do corpo, as pessoas podem notar que têm pele amarelada ou urina laranja-escura por um dia ou mais.

Tomografia de coerência óptica

A tomografia de coerência óptica (OCT) é um exame de imagem não invasivo que fornece imagens transversais de alta resolução da retina, revelando sua espessura e permitindo que os oftalmologistas procurem quistos ou zonas de edema.

Por norma os médicos podem realizar este tipo de exame antes e depois dos tratamentos para verificar a eficácia do tratamento preconizado.

O OCT é semelhante ao teste de ultra-som, mas usa luz em vez de som para produzir imagens. A varredura também pode auxiliar na detecção de doenças do nervo óptico.

Angio-OCT

Este é um novo tipo de exame que veio demonstrar ser um auxilio muito importante no controlo e monitorização da retinopatia diabética. Ele de certa forma reduz a utilização da angiografia fluoresceinica nos 12 mm centrais.

Durante o exame são obtidas fotografias e imagens repetidas do fundo de olho com uso ou não de flash, o que pode causar um pequeno e ligeiro desconforto, não sendo necessário na maioria dos casos dilatar os olhos.

É um exame indolor e sem qualquer risco para o paciente, sendo apenas pedido ao mesmo para fixar um ponto (normalmente uma cruz).

A Angio-OCT Swept Source combina a retinografia, autofluorescência, o OCT segmento anterior e posterior e a angiografia, ou seja, tudo no mesmo aparelho.

Ao contrário da angiografia convencional com fluoresceína, feita após a dilatação ocular com o objectivo de visualizar a retina e a coróide através de filtros de luz especiais, esta tecnologia permite visualizar de uma forma real a anatomia da circulação da retina, da coróide e do nervo ótico, para além da córnea e do segmento anterior de um modo não invasivo, o que até agora era bastante difícil conseguir.

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