Existem duas explicações.
A primeira é emocional: choramos porque estamos alegres. Ao soltar uma gargalhada daquelas, desencadeamos uma reação no sistema límbico (região do cérebro que controla as emoções).
A outra explicação é fisiológica. Algumas pessoas têm no rosto uma distribuição incomum da enervação. Por causa disso, quando abrem a boca para rir (ou mesmo para bocejar), o conjunto de nervos que liga a mandíbula às glândulas salivares acaba estimulando a glândula lacrimal.
O hipotálamo é uma das regiões cerebrais que compõem o sistema límbico. Ao detetar a emoção de alegria, ele ordena a produção da acetilcolina, um neurotransmissor que viaja pelo sistema nervoso parassimpático, conectado à glândula lacrimal. Isso acontece porque tanto os nervos quanto as glândulas lacrimais estão ligados ao sistema nervoso parassimpático, parte do sistema nervoso que estimula atividades relaxantes em glândulas e músculos.
Os dois fenómenos podem ocorrer tanto sozinhos como em conjunto. Nos dois casos, a glândula lacrimal recebe os impulsos do sistema nervoso e entra em ação, produzindo lágrimas que se acumulam no lago lacrimal, até que transbordam, fazendo a gente chorar.