Consiste na correção de um desalinhamento entre os dois olhos, de modo a que ambos fiquem a olhar para a mesma direção.
Pode ser que desde pequeno já sofra de estrabismo. Por vezes o estrabismo na infância apresenta-se de forma intermitente.
Para corrigir de uma forma adequada o estrabismo, é muito importante que este seja detetado antes dos 5-7 anos de idade.
Embora a correção do desvio possa ser feita depois dos 7-8 anos, e se o grau for acentuado, normalmente é mais difícil recuperar totalmente a visão.
Numa maioria dos casos sim. O tratamento, com exceção do acomodativo, passa, na maioria das vezes, por uma intervenção cirúrgica nos músculos extraoculares.
Normalmente sim. Todos os estrabismos podem ser operados, mas o que devemos saber é o que vamos conseguir após a sua cirurgia.
No estrabismo há um desequilíbrio de forças musculares, ou seja, se a criança tem o olho virado para dentro, que dizer que os músculos que movem o olho para dentro são de facto mais fortes que os que movem para fora.
Na cirurgia o que se faz é enfraquecer os músculos que estão mais fortes e/ou reforçando os mais fracos.
As vezes os pais das crianças já operadas ao estrabismo perguntam se podem ser operadas novamente. A resposta é sim, sendo que o problema é saber o que devemos esperar da cirurgia.
Nas crianças já operadas anteriormente, a avaliação do estrabismo, assim como a cirurgia podem ser mais difíceis, sobretudo quando não possuem informação prévia do que tinham antes e que tipo de cirurgia fizeram, não sabendo onde realmente estão localizados os músculos por exemplo.
De qualquer forma e em qualquer caso, a criança é sempre uma boa candidata a fazer cirurgia.
Basicamente, com anestesia geral. A anestesia tópica (colírios) com sedação é usada mais nos adultos.
Na cirurgia estrabismo, as complicações mais frequentes são as hipocorreções ou as hipercorreções, ou seja, o olho ficou mais para fora ou para dentro do que era suposto ficar. Esta complicação é muito rara sob anestesia tópica porque ela é verificada antes de sair do bloco operatório.
Outras situações podem ocorrer como as hemorragias da conjuntiva, que se resolvem espontaneamente, os quistos da conjuntiva, cicatrizes inestéticas e a diplopia.
Geralmente, podemos dizer que é uma cirurgia segura.
As oclusões oculares se fazem para obrigar o olho preguiçoso a ver melhor, tapando o olho melhor.
Os esquemas da oclusão mais habituais são:
total ou permanente (24h/dia) durante 3 semanas se AV<3/10;
6-8h/dia se AV 4-6/10;
2h/dia se AV>7/10, sendo a reavaliação da recuperação da oclusão entre 10-15 semanas.
O olho amblíope é um olho em que a visão ainda não se desenvolveu completamente num olho estruturalmente normal.
A visão desenvolve-se desde o nascimento e o olho vai adquirindo mais capacidade de perceber os objetos, a que se chama acuidade visual.
No olho amblíope, a acuidade visual por diferentes causas não se desenvolve.
O olho é anatomicamente normal, ou seja, a sua estrutura interna é normal, mas não desenvolveu a visão.