As injeções intravítreas correspondem a uma administração local e concentrada de um fármaco dentro do olho (espaço vítreo).
O seu mecanismo de ação baseia-se no bloqueio do fator de crescimento endotelial vascular do tipo A (VEGF-A).
Os anti-VEGF interrompem o crescimento de neovasos sob a retina. As substâncias formadas pelos medicamentos atuam como anticorpos humanizados que neutralizam a proliferação endotelial vascular.
Os medicamentos mais usados são o Bevacizumab (Avastin®), o Aflibercept (Eylea®) e o Ranizumab (Lucentis®).
A injeção é um procedimento rápido (poucos segundos), seguro e indolor.
Normalmente não, a não ser que o paciente esteja com uma conjuntivite ou blefarite.
Em muitos dos casos, dependendo da patologia e evolução dela, por vezes é necessário fazer mais do que uma injeção.
Os pacientes que tiveram um AVC há pouco tempo é recomendado não o fazer.
Para fazer a injeção, não é necessário o paciente estar em jejum. É pedido ao paciente que não coma duas horas antes da cirurgia.
O paciente deve chegar com 30 minutos de antecedência ao bloco, para que possa ser feita uma preparação prévia (assepsia e antissepsia).
No bloco, após prévia desinfeção e anestesia tópica a injeção intraocular é dada.
O procedimento dura ao todo 5 minutos, sendo rápido e indolor.
Após a injeção o paciente normalmente vai para casa com um penso ocular e com recita médica.
A principal vantagem da injeção é que o medicamento injetado é colocado diretamente no vítreo, dando assim maior eficácia ao tratamento da doença.
O paciente vai para casa no mesmo dia da cirurgia (regime ambulatório).
Pode ser repetido varias vezes.
A injeção é um procedimento rápido (poucos segundos), seguro e indolor.
As complicações são raras.
Em alguns casos pode ocorrer uma hemorragia subconjuntival (que ao fim de 1 a 2 semanas desaparece) ou hipertensão ocular (temporária).
Por outro lado, pode ocorrer efeitos secundários mais graves, como a formação de catarata, hemorragia interna do olho, descolamento da retina ou endoftalmite.
Dor de garganta com congestão e corrimento nasal
Cefaleias
Náuseas
Tosse
Dor articular
AVC
Reação alérgica ao medicamento
Deve de fazer a medicação prescrita pelo médico.
Não fazer esforços físicos nas primeiras 48 horas.
Informar o medico oftalmologista se ocorrer inflamação ou perda de visão.
Não faltar a consulta de pós-operatório.
Olho vermelho por hemorragia subconjuntival
Sensação de corpo estranho
Dor ocular
Alteração temporária da visão
Descolamento posterior do vítreo
Hemovitreo
Inflamação ocular
Catarata
Edema macular secundário a inflamação intraocular
Pós-operatório de cirurgia da catarata
Edema macular diabético
Edema macular associado a oclusão venosa da retina
Síndrome tração vítreo-macular
Uveítes posteriores crónicas não infeciosas
Descolamento seroso da retina
Neovascularização retiniana
O Bevacizumab é um anticorpo monoclonal humanizado que tem como alvo todas as isoformas de VEGF-A, possuindo um mecanismo semelhante ao do Ranibizumab.
Atualmente é o agente mais utilizado em todo o mundo.
O "Vascular Endothelial Growth Factor" (VEGF) é o fator responsável pelo crescimento dos vasos. Quando se encontra presente em grandes quantidades, leva ao crescimento de vasos anormais.
O Bevacizumab não foi desenvolvido para tratar doenças oculares, mas foi aprovado pela "Food and Drug Administration" (FDA) para ser utilizado no tratamento do cancro colo-rectal metastático, demonstrando bons resultados nos estudos clínicos, tanto em segurança com em eficácia, evitando o crescimento de novos vasos sanguíneos, implicados no desenvolvimento e alastramento desse tipo de cancro.
Os oftalmologistas começaram a utilizar o fármaco “Off Label” no tratamento da degenerescência macular ligada a idade e outras Doenças como o edema macular diabético ou edema macular associado às oclusões venosas, onde verificaram que o VEGF era um fator preponderante no crescimento anormal dos vasos sanguíneos.
O diagnóstico deve compreender um quadro clinico completo, incluindo história clinica, observação médica e realização de um OCT segmento posterior, angiografia fluoresceinica ou verde de indocianina.
A dose recomendada é de 2 mg, administrada uma vez, como dose única, através de uma injeção intravitrea no olho afetado.
Ranibizumab é um fragmento de anticorpo monoclonal humanizado que inibe todas as isoformas ativas de VEGF-A, tendo sido aprovado para o tratamento em pacientes com degenerescência macular ligada a idade e outras doenças como o edema macular diabético ou edema macular associado às oclusões venosas e neovascularização coroideia.
O diagnóstico deve compreender um quadro clinico completo, incluindo história clinica, observação médica e realização de um OCT segmento posterior, angiografia fluoresceinica ou verde de indocianina.
A dose recomendada é de 0,5 mg, administrada uma vez, como dose única, através de uma injeção intravitrea no olho afetado.
O Eylea é uma proteína de fusão recombinante humana, originalmente desenvolvido para a utilização em oncologia. Liga-se a todas as isoformas do VEGF-A, bem como VEGF-B e ao PIGF.
O Eylea pode ajudar a estabilizar e, em muitos casos, a melhorar a perda de visão relacionada com a degenerescência macular ligada a idade, edema macular, oclusão de ramo ou veia central retina e retinopatia diabética.
O diagnóstico deve compreender um quadro clinico completo, incluindo história clinica, observação médica e realização de um OCT segmento posterior, angiografia fluoresceinica ou verde de indocianina.
A dose recomendada é de 2 mg, administrada uma vez, como dose única, através de uma injeção intravitrea no olho afetado.
As injeções intraoculares atuam libertando fármacos no interior do olho, especialmente na retina e de uma forma mais especifica na mácula.
São usadas no tratamento da degenerescência macular ligada a idade (DMI), embora também se usam nos casos de trombose retiniana, miopia degenerativa e doenças vasculares da retina como no edema macular diabético.
Com o uso de injeções intraoculares, se tem conseguido que cerca de 60% dos pacientes tratados recuperam a visão, para 20% que o faziam com outras técnicas, evitando-se os riscos associados à cirurgia, cujo numero se reduziu a quase metade nos últimos anos, graças a esta opção farmacológica.
A DMI é uma doença degenerativa da zona central da retina, sendo a mácula, muitas vezes atingida, ela é responsável pela visão central e que nos permite reconhecer a face de uma pessoa, ler ou conduzir por exemplo.
A sua forma exsudativa (húmida), carateriza-se pelo crescimento de vasos sanguíneos anómalos em paredes muito finas, que filtram fluidos e sangue na mácula provocando uma perda rápida da visão central do paciente.
O tratamento se baseia em parar o crescimento dos neovasos mediante injeções intraoculares de fármacos antiangiogénicos, aplicadas atualmente com bons resultados, já que param a progressão da perda da acuidade visual e em muitas ocasiões, podem melhorar a acuidade visual.
O inconveniente é que se trata de tratamentos a longo prazo, devendo o paciente fazer um controlo apertado após cada injeção intraocular.
Sim, é uma urgência, embora relativa, já que se pode esperar 3 a 4 dias.
Deve-se examinar o olho, porque este sintoma pode provocar perda de visão.
Este é um possível sintoma de DMLI, ou outra doença da área macular.
No caso de DMLI, pode aparecer primeiro num olho e o paciente só o deteta quando os dois olhos são atingidos.
E aconselhável consultar um oftalmologista com urgência para poder tratar a doença a tempo.
O tratamento da DMLI é um dos grandes objetivos da oftalmologia na atualidade.
Na DMLI seca tem sido demonstrado que o tratamento com antioxidantes e vitaminas podem reduzir a perda da acuidade visual, pese embora não consiga parar a evolução da doença.
Na DMLI exsudativa (húmida), sendo a mais destrutiva, combina a terapia fotodinâmica com outros tratamentos parece demonstrar efeitos positivos.