Conjuntivite

HOME / especialidades / conjuntiva / conjuntivite

O que é

A conjuntivite é uma inflamação da mucosa conjuntival, uma membrana transparente que cobre a face anterior do globo ocular e a parte interna das pálpebras.

Pode ser unilateral ou bilateral e altamente contagiosa.

Em muitos casos a sua etiologia é difícil de precisar porque a correlação entre o quadro clinico e a etiologia é muito variável.

A conjuntivite apresenta-se como uma situação benigna, no qual não afeta a visão, mas que, se não for tratada adequadamente pode se complicar e levar a cegueira, por atingimento da córnea.

A conjuntivite alérgica é muito frequente em crianças e na primavera.

Tratamento

A conjuntivite virica não tem...

...um tratamento especifico, embora possa ser feito com anti-inflamatórios e lágrimas artificiais tópicas, podendo durar varias semanas.

A conjuntivite bacteriana trata-se com...

...colírios antibióticos e normalmente resolve-se numa semana.

A conjuntivite alérgica pode...

... responder bem ao tratamento com anti-histamínicos ou anti-inflamatórios, ou pode desaparecer por si só eliminando a alérgeno causador. Os sintomas se podem aliviar com compressas frias e em alguns casos, podemos utilizar corticoides tópicos para reduzir a inflamação.

A conjuntivite mecânica, química ou de radiação se...

...minimizam, eliminando a causa, por vezes com recurso a cirurgia e administrando tratamento anti-inflamatório até que recupere a normalidade.

Perguntas Frequentes

Habitualmente, as secreções oculares podem ocorrer de uma conjuntivite, outras infeções ou inflamações.

Normalmente, não cursam com situações graves e habitualmente se tratam com antibióticos.

É uma das manifestações clinicas oculares mais comuns.
Existem numerosos fatores que podem provocar processos inflamatórios da superfície ocular, tais como traumatismos, corpo estranho, agentes químicos, infeções ou deficit lacrimal, entre outros.

A causa mais comum é a conjuntivite.

Hiperemia conjuntival
Edema tecidual (conjuntiva e palpebral)
Secreção conjuntival (purulenta, mucosa e aquosa)
Adenopatia pré-auricular
Hemorragia subconjuntival
Diminuição da acuidade visual

Aparecem na conjuntiva bulbar, durante uma fase inflamatória aguda.

Surgem como formações carnosas, vascularizadas no centro, comprimidas umas contra as outras, tipo favo de mel, separadas umas das outras por linhas brancas fibrosas.

Presença de um corpo estranho
Lentes de contacto
Conjuntivite alérgica
Conjuntivite primaveril
Queratoconjuntivite atópica
Reação tóxica
Agressão mecânica

Também chamada de conjuntivite neonatal, ocorre dentro das duas primeiras semanas de vida, bilateral e purulenta.

Pode ser grave, devido á ausência de imunidade do recém-nascido e pela imaturidade da superfície ocular (ausência de tecido linfoide e película lacrimal escassa).

Etiologia: N. Gonorreia, C. Trachomatis, E. Aureus, E. Pneumoniae e H. Influenza.

Clinicamente pode-se observar edema palpebral bilateral, secreção mucopurulenta, reação conjuntival palpebral e quemose, pseudomembranas, úlcera córnea, cicatrização conjuntival e pannus corneano superficial.

É uma conjuntivite viral, muito contagiosa, cujo seu diagnóstico é habitualmente clinico, cursando com lacrimejo unilateral, olho vermelho, sensação de corpo estranho e fotofobia.

O olho adelfo pode ser afetado (1 a 15 dias depois).

A infeção é caraterizada comummente por uma reação conjuntival folicular aguda e uma adenopatia pré-auricular.

Clinicamente pode-se apresentar, como uma conjuntivite folicular aguda, de inicio agudo, unilateral inicialmente, hiperemia conjuntival, queratite e precipitados adenoviricos, hemorragia subconjuntival, quemose ligeira e adenopatia pré-auricular.

Tratamento prolongado.

É uma conjuntivite grave, associada a adenovírus.

Associação a faringite e rinite.

Transmissão pelas mãos e lágrimas.

Período de incubação (8 dias) e contagio (15 dias).

Secreção serosa unilateral ou bilateral.

Envolvimento corneano variável (queratite epitelial ponteada difusa ou subepitelial), hemorragias subconjuntivais, edema palpebral e adenopatia pré-auricular.

Pode originar úlceras de córnea permanentes epiteliais, formação de membranas e pseudomembranas, secura ocular e opacidades subepiteliais.

Pode ser uma primoinfeção ou uma infeção recidivante.

Apresenta-se com edema e vesículas herpéticas no bordo palpebral.

Unilateral (80% casos).

Pode estar associado a faringite ou rinite.

A luz ultravioleta e situações de stress, podem desencadear os sintomas.

Clinicamente pode-se apresentar, com secreção conjuntival serosa, conjuntivite folicular e papilar, hemorragia subconjuntival, queratite epitelial ponteada, infiltrados marginais, úlcera dendrítica e adenopatia pré-auricular.

Desaparece ao fim de 2 a 3 semanas.

É a forma mais frequente de doença alérgica ocular.

Apresenta-se associado a queixas nasais e faríngeas (rinite crónica).

O alérgeno desencadeador habitualmente da conjuntivite sazonal é o pólen e o da conjuntivite perene é o ácaro.

Clinicamente pode-se apresentar, como uma hiperémia rosada e uma quemose ligeira a moderada da conjuntiva, hipertrofia papilar ligeira e edema palpebral.

O paciente queixa-se de prurido ocular e periocular, sensação de queimadura e secreção conjuntival aquosa.

Episódios de exacerbações e remissões, com queixas de prurido todo o ano.

Autolimitada e sem envolvimento corneano.

É um processo inflamatório crónico grave, raro, hereditário, bilateral e simétrico.

Tem inicio entre a 2ª e a 5ª década de vida, podendo estar associada a dermatite atópica, eczema e asma.

Frequente durante todo o ano (predomínio inverno).

O sintoma mais habitual é a “comichão” (prurido), que pode ser intenso e persistente, lacrimejo, secreção aquosa, olho vermelho, visão turva, fotofobia, dor ocular e alteração da acuidade visual.

Associado a uma reação eritemato-descamativa da pele na região periocular, blefarite, hipertrofia papilar e fibrose subepitelial na conjuntiva tarsal inferior.

Atingimento corneano é comum (queratite epitelial puntiforme, vascularização superficial e queratopatia grave).

Os sintomas podem regredir com a idade.

É uma doença inflamatória conjuntival crónica, bilateral, geralmente associada a uma história familiar ou pessoal de doença atópica.

Os episódios iniciam-se antes dos 10 anos de idade e extingue-se com o tempo (4-10 anos).

São frequentes agudizações estacionais, normalmente na primavera e verão, sendo os episódios de maior crise em regiões de clima quente.

Clinicamente podem apresentar sintomas leves a mais intensos, como prurido, fotofobia, lacrimejo, secreção aquosa, sensação de corpo estranho e blefaroespasmo.

Associada a opacidades da córnea e queratocone.

Presença de macropapilas na conjuntiva tarsal superior, papilas na região límbica, nódulos de trantas, queratopatia e úlceras de córnea.

Aumento da IgE lacrimal.

Doença inflamatória, não infeciosa, causada normalmente por um corpo estranho na superfície ocular (lente de contacto, suturas ou cirurgia ocular prévia).

Os primeiros sintomas são olho vermelho, sensação de corpo estranho, prurido, secreção mucosa, lacrimejo e intolerância as lentes de contacto.

Observa-se papilas gigantes na conjuntiva tarsal, pannus e queratite ponteada.

Bom prognostico.

Perguntas Não Frequentes

Consiste numa vesícula branca, pequena, ou um nódulo ulcerado, no tecido subepitelial, adjacente ao limbo esclero-corneano.

Queixas oculares de fotofobia, lacrimejo e blefaroespasmo.

Recorrente e desaparecem espontaneamente ao fim de 2-3 semanas, mas pode ocorrer afinamento e perfuração ocular.

Correspondem a uma reação de hipersensibilidade retardada às proteínas do bacilo de Koch, estafilococos, cândidas ou clamídeas.

Associação a tuberculose, rosácea ou infeção por helmintos.

Tratamento com corticoide e tetraciclinas.

Ocorrem nas conjuntivites agudas ou hiperagudas.

Carateriza-se pela formação dum tecido esbranquiçado e brilhante, revestindo a conjuntiva.

Não produz hemorragia quando se retira.

Típico da conjuntivite diftérica, estafilococos aureos e pneumoniae.

Provoca hemorragia quando se retira.

Infeção crónica da superfície ocular, causada por uma Clamídia Trachomatis.

Uma das causas principais de cegueira em países subdesenvolvidos.

De atingimento bilateral e de evolução lenta, carateriza-se por queratoconjuntivite folicular crónica no tarso superior, cicatrizes conjuntivais e opacidades corneanas.

Ligada a má higiene (das mãos, água e moscas).

É uma forma de conjuntivite, que se carateriza por febre, cefaleias, conjuntivite folicular não purulenta e faringite.

Transmissão por secreções em pessoas com infeções das vias respiratórias superiores.

Hipertrofia folicular proeminente, com edema do fundo de saco conjuntival inferior, quemose ligeira e secreção aquosa.

Presença de adenopatia pré-auricular.

Queratite (30% casos).

Unilateral ou bilateral.

Pode significar que esteja com uma conjuntivite virica, por clamídia e gonocócica, ou perante síndrome oculoglandular de Parinaud.

É a conjuntivite por clamídia.

Pode estar associada a otite rinite e pneumonia.

A infeção é transmitida a partir da mãe durante o parto.

Aparece normalmente entre o 5-19 dia depois do nascimento.

Apresenta-se com conjuntivite mucopurulenta, reação conjuntival papilar, cicatrização conjuntival e panos corneano.

Tratamento com antibiótico.

Deve ler sempre o prospeto do medicamento antes de o usar.

Lavar as mãos antes de o usar.

Não deixe que a ponta do frasco toque no olho ou noutras superfícies, encerrando-o bem após o seu uso, mantendo o mais estéril possível.

O mais fácil é colocar as gotas quando olha para cima, enquanto pressiona a pálpebra inferior para baixo, abrindo mais o olho.

Fechar o olho devagar para não sair o liquido do colírio, durante alguns segundos.

Repetir conforme a prescrição médica.

Deve ler sempre o prospeto do medicamento antes de o usar.

Lavar as mãos antes de a usar.

Não deixe que a ponta da pomada toque no olho ou noutras superfícies, encerrando-o bem após o seu uso, mantendo o mais estéril possível.

O mais fácil é colocar as pomada quando olha para cima, enquanto pressiona a pálpebra inferior para baixo, abrindo mais o olho.

Fechar o olho devagar para não sair o conteúdo da pomada, durante alguns segundos.

Repetir conforme a prescrição médica.

É normal que isso aconteça, mas com o próprio pestanejar a visão melhora.

É um processo inflamatório circunscrito, do tecido conjuntivo laxo localizado entre a conjuntiva e a esclera, predominantemente na zona perilimbica.

Habitualmente recorrente no mesmo olho, ocorre em pessoas jovens e sobretudo do sexo feminino, estando associada a doença sistémica (eritema nodoso, herpes zóster ou sífilis).

Apresenta-se sobre duas formas clinicas (simples ou nodular).

A episclerite simples provoca uma hiperemia localizada, sectorial ou difusa, na superfície do globo ocular, de inicio sempre súbito, com queixas de dor ocular, sensação de corpo estranho que desaparece gradualmente em 2-3 semanas.

A episclerite nodular, a inflamação está confinada a uma área localizada, com um inicio menos agudo e uma evolução mais prolongada, com queixas de olho vermelho, dor moderada e sensação de corpo estranho. Dois a três dias depois, a área avermelhada aumenta de tamanho, com dor à palpação.

Carateriza-se por inflamação do estroma da esclera.

É mais rara e mais profunda do que as episclerites, podendo ser uma manifestação isolada ou associar-se a uma doença inflamatória sistémica, unilateral ou bilateral.

Pode-se apresentar de diferentes formas clinicas (esclerite anterior não necrotizante, necrotizante, escleromalácia perfurante e posterior).

É uma doença vesicobolhosa, mucocutânea, aguda e grave que atinge principalmente adultos jovens e saudáveis.

Não se sabe a sua etiologia, embora esteja relacionada a uma reação imunológica anormal, infeções virais e hipersensibilidade a medicamentos.

Ocorre uma vasculite aguda com atingimento da pele e das mucosas (90% conjuntiva).
Apresentação clinica com febre, dor de garganta, tosse e artralgia (até 14 dias).

Observa-se habitualmente conjuntivite papilar, membranosa ou pseudomembranosa grave.

Pode dar origem a formação de simbléfaro e queratinização, epífora permanente, olho seco e entrópion.

O tratamento é a base de corticoterapia, lagrimas artificiais e cirurgia.

Sim, também chamada de rosácea ocular.

Olho seco, hordéolo de repetição e alterações da conjuntiva são alguns dos sintomas presentes.

Os sinais na pálpebra incluem telangiectasia marginal, blefarite posterior e quistos meibomios recorrentes.

Cerca de 80-90% das pessoas com rosácea na face e pescoço tem também nos olhos.

O tratamento baseia-se mais na sua prevenção, evitando o contacto com o fumo de tabaco, álcool e produtos cosméticos, sendo recomendável aplicar calor, massajar e limpar o bordo palpebral com produtos próprios para o efeito.

Ácido fusidico, fluorometolona e tetraciclinas são as melhores opções terapêuticas.