São tumores que aparecem na conjuntiva que de uma forma variável podem se apresentar, desde o bordo corneano até ao fundo de saco conjuntival.
Os tumores podem ser benignos ou malignos, pigmentados ou não, e em alguns casos podem chegar a pôr em risco a visão e a vida da pessoa, pelo qual requerem um diagnóstico precoce para receber um tratamento adequado.
Devemos recordar que a conjuntiva é uma membrana mucosa transparente e fina, que reveste a superfície interna das pálpebras (conjuntiva palpebral) até ao fundo de saco conjuntival, onde se reflete, revestindo depois a superfície escleral anterior (conjuntiva bulbar).
Os tumores da conjuntiva geralmente se localizam em zonas facilmente visíveis, manifestando-se pela presença de uma zona de transição de cor ou textura respeitando o resto da conjuntiva.
É uma doença unilateral e lentamente progressiva.
Associada a fatores de risco como exposição a radiação ultravioleta, HIV, pigmentação clara da pele, exposição e derivados do petróleo e tabagismo.
Tem origem a partir de células germinativas (stem cells) do limbo.
Histologicamente pode-se apresentar como displasia epitelial conjuntival, doença de Bowen ou carcinoma in situ e carcinoma células escamosas da conjuntiva.
Prognóstico é bom para as lesões totalmente excisadas.
Lesão em cor de salmão, de crescimento lento, envolvendo a conjuntiva bulbar e fundo de saco conjuntival.
A conjuntiva não afetada é normal.
Raramente provoca uma lesão difusa, que simula uma conjuntivite crónica.
É uma lesão em cor de salmão na conjuntiva ou órbita.
A sua localização mais comum é o fundo de saco conjuntival inferior.
Pode crescer rapidamente, bilateral (20% casos).
Assintomática ou sensação de corpo estranho.
Envolvimento sistémico é comum.
Nódulo de cor negra ou acinzentada, que contêm vasos nutritivos dilatados, ou tumores amelânicos, de cor rosa liso, localizados na região límbica e posterior invasão da córnea.
Pode surgir espontaneamente de um nevo pré-existente ou duma área de melanose pré-cancerosa.
É uma lesão de crescimento lento nodular ou difusa (elevada).
Cor vermelho brilhante, similar a uma hemorragia subconjuntival, localizada no fundo de saco conjuntival inferior.
Surge na conjuntiva, como uma lesão pedunculada, rosada e de superfície regular.
Prevalência acima dos 40 anos.
Pode invadir a córnea.
É uma proliferação focal dos vasos sanguíneos, delimitada por células endoteliais normais, apresentando-se com vasos sentinela.
Inflamação conjuntival crónica local ou difusa, secundaria a processos sistémicos.
Únicas ou múltiplas, elevadas, indolores, com forma fusiforme ou polipóideia, localizadas no fundo de saco conjuntival (superior).
É uma conjuntiva bulbar redundante, laxa, com pregas, não edematosas, localizadas entre a superfície ocular e a pálpebra inferior, sobre o bordo palpebral.
Elevada prevalência nos idosos, podendo se localizar em qualquer região da pálpebra, de uma forma assintomática ou olho vermelho, similar a uma episclerite.
São dilatações dos vasos linfáticos da conjuntiva bulbar e, ocasionalmente, do fundo de saco conjuntival.
Podem ser primárias ou secundarias à obstrução de drenagem linfática da conjuntiva aos gânglios pré-auriculares ou submandibulares.
Apresentam-se como quistos isolados ou não, de tamanho variável, conteúdo claro e paredes finas, assintomáticos e quemose persistente.
Também chamados de litíase conjuntival.
São depósitos isolados ou múltiplos de cor branco-amarelados, localizados na superfície da conjuntiva tarsal inferior e fundo de saco conjuntival.
Podem dar sensação de corpo estranho, causando erosão do epitélio conjuntival, córnea e conjuntiva bulbar.
É uma lesão bastante frequente e habitualmente assintomática de paredes finas que contem um liquido claro.
O tratamento é simples, mediante uma punção com agulha, obtendo dessa forma o seu esvaziamento.
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