O tratamento precoce é muito importante.
É uma inflamação da córnea que pode ter múltiplas causas.
Se só atinge a camada mais externa da córnea (epitélio), podemos chamar de queratite superficial, podendo evoluir sem complicações.
Se atinge as camadas mais profundas da córnea estamos num caso de queratite ulcerativa, menos habitual, mas que pode ser muito grave.
Quando deixa uma cicatriz na córnea (leucoma), a visão pode ficar comprometida.
Alguns fatores estão associados ao seu aparecimento como alterações da superfície ocular e mecanismos de defesa.
...ser iniciado o mais precocemente possível com colírios tópicos (alguns fortificados) e terapêutica sistémica.
Em algumas situações pode ser necessário recorrer a cirurgia (desbridamento mecânico da córnea, membrana amniótica, laser excimer, transplante córnea lamelar ou penetrante).
O tratamento é dependente dos fatores de risco e das características da queratite e do seu diagnóstico.
Prognóstico
O prognóstico dependo dos fatores de risco associados, da virulência do agente causal, da extensão e localização da lesão e do processo de cicatrização subjacente.
Em algumas vezes pode resultar e ser necessário transplantar a córnea.
A infeção da córnea pelo vírus herpes simples pode afetar o epitélio, o estroma ou o endotélio. Pode originar também uma conjuntivite e uveíte anterior.
O defeito epitelial mais frequente e característico é a queratite ou úlcera corneana dendrítica (forma em ramos de árvores, com bulbos terminais).
Clinicamente as pessoas queixa-se de fotofobia, dor ocular, lacrimejo, injeção ciliar e diminuição da acuidade visual.
Um episódio de febre
Luz solar
Menstruação
Stress emocional.
Traumatismo ocular
Tratamento com corticoides tópicos e sistémicos.
O herpes zóster carateriza-se por exantema vesicular, agudo, doloroso, na pele das pálpebras, no território cutâneo do primeiro ramo do V par craniano, unilateral, não ultrapassando a linha média.
As vesículas na ponta do nariz (sinal de Hutchinson) indicam a existência duma doença ocular por envolvimento do ramo nasociliar.
Clinicamente apresenta-se como uma conjuntivite, com hipertrofia papilar ou folicular, pseudomembranas ou membranas, uveíte granulomatosa ou não granulomatosa.
Os sintomas prodrómicos são: cefaleia, febre, visão enevoada, dor ocular e nevralgia pós-herpética
Pode provocar sobretudo queratite neurotrófica, mas também pode cursar com ectrópio, entrópion e glaucoma.
É uma queratite estromal grave, rara, associada ao uso de lentes de contacto.
Clinicamente pode dar dor ocular, fotofobia intensa, edema palpebral, quemose, hiperemia conjuntival, sensação de corpo estranho e reação da câmara anterior.
Inicialmente surge como uma pequena erosão corneana, irregularidades e infiltrados pseudodendriticos ou pontes elevadas epiteliais.
A existência dum anel de infiltrado anular típico ao redor da opacidade central é característico.
Esta associada a secura ocular, imunossupressão e lesão do epitélio corneano.
Pode complicar-se por adelgaçamento progressivo da córnea e perfuração ocular.
Consiste numa anomalia de adesão da camada mais profunda do epitélio da córnea á porção mais superficial do estroma corneano.
Clinicamente, consiste em episódios agudos dolorosos, sensação de corpo estranho, fotofobia, lacrimejo sobretudo durante a noite e ao acordar, podendo durar varias semanas.
Existe sempre uma história prévia de traumatismo ocular ou distrofia corneana.
Observa-se um epitélio corneano frágil, elevado, com queratite ponteada superficial.
O tratamento baseia-se não só na aplicação de colírios tópicos sem conservantes como no desbridamento cirúrgico, micropunção e lente de contacto.
É uma doença corneana degenerativa.
Apresenta-se como uma queratite ponteada epitelial numa fase precoce e depois como um defeito epitelial clássico, redondo ou ovalado que não reepiteliza, podendo levar a úlcera córnea trófica, melting da córnea, descemetocelo e perfuração da córnea.
A deficiência do filme lacrimal agrava e piora o prognóstico da patologia.
Associada a deficiência das stem cells límbicas e perda de inervação sensitiva corneana.
Sim, esta associada a herpes simples e herpes zóster.
Também pode estar associada a lesões intracranianas (neurinomas, meningiomas e aneurismas), diabetes, esclerose múltipla, lepra, queimaduras químicas, abuso de anestésicos tópicos, radioterapia, após cirurgia corneana, abuso de lentes de contacto e hábitos medicamentosos (neurolépticos, anti psicóticos e anti-histamínicos).
Depende da causa de lesão da sensibilidade corneana, do grau de anestesia/hipoestesia corneana, do olho seco e deficit límbico.
Corresponde a um estadio avançado de queratocone (ectasia corneana, não inflamatória), caraterizado pelo edema do estroma, olho vermelho, leucoma profundo e vascularizado, dor e perda de visão súbita.
Diagnóstico clinico, de múltiplas causas (principal Distrofia de Fuchs ou após cirurgia ocular) e patogénese complexa.
Caraterizada pela existência de uma hidratação do estroma e epitélio corneano, levando a formação de micro e/ou microbolhas, acompanhada de lesões endoteliais e alteração do metabolismo corneano.
Doenças corneanas (distrofias do endotélio e estroma)
Traumatismo
Cirurgia ocular (após cirurgia da catarata, cirurgia refrativa, iridotomia, capsulotomia ou perante a presença de óleo silicone intraocular)
Glaucoma
Agentes tóxicos
O sarampo é uma doença contagiosa transmitida pelas vias aéreas.
Embora tenha sido praticamente erradicada nos países desenvolvidos, como resultado da vacinação, em alguns casos pontuais, ainda aparece, sendo uma das principais causas de cegueira.
Pode se manifestar como uma conjuntivite, hemorragia subconjuntival, queratite epitelial, estando associada a deficit de vitamina A.
A observação vemos uma queratite superficial ou um leucoma central.