A alergia ocular é uma reação alérgica nos olhos, não contagiosa, que surge quando um determinado alergénio entra em contacto com a mucosa ocular, despoletando aquilo a que se chama conjuntivite alérgica. Ela não afeta só os olhos, podendo envolver as pálpebras e a pele.
As pessoas com alergias produzem um anticorpo, a imunoglobulina E (IgE) que, reconhecendo o alergénio, estimula a libertação de mediadores inflamatórios após exposição imediata dando origem a uma conjuntivite alérgica.
Se a exposição ao alergénio for intensa e prolongada, a alergia pode-se tornar persistente e crónica.
A incidência de conjuntivite alérgica aumentou drasticamente nas últimas décadas, em Portugal (cerca de 20-25%) e no mundo, representando grande impacto na qualidade de vida das pessoas.
...identificação e evicção dos fatores de risco, de forma a diminuir a gravidade e o número de crises ao longo do ano.
O uso de lubrificantes e compressas frescas contribuem para o alívio sintomático.
Existe, ainda, uma grande variedade de agentes farmacológicos que ajudam a interromper a cascata inflamatória (corticoides, anti-histamínicos, anti-inflamatórios, estabilizadores dos mastócitos ou imunossupressores).
A alergia ocular não tem cura, mas em crianças ao longo do seu crescimento, tende a melhorar, muitas vezes desaparecendo.
Com um tratamento adequado é possível manter uma boa qualidade de vida, evitando muitas complicações.
As pessoas com alergia ocular apresentam maior risco para o desenvolvimento de alterações visuais, queratocone, glaucoma, catarata, opacidades corneanas e em casos excecionais cegueira.
Os portadores de rinite alérgica, asma ou dermatite atópica são os mais suscetíveis de desenvolver alergias oculares.
É uma resposta inflamatória que se segue à exposição de medicamentos ou cosméticos.
A pessoa sensibiliza-se á primeira exposição. Desenvolve-se uma resposta imunitária em exposições posteriores.
Clinicamente pode ocorrer edema e descamação palpebral, quemose, olho vermelho, conjuntivite papilar, erosões corneanas punctiformes, sensação de picada e lacrimejo após exposição.
Também chamada de eczema, é frequente, idiopática ou associada á asma e febre de fenos.
A pele das pálpebras apresenta-se grossa, com crostas e fissuras verticais, associadas a uma blefarite estafilocócica e madarose.
Olho seco
Blefarite
Conjuntivite infeciosa
Queratoconjuntivite límbica superior
Essencialmente clinico.
Exames laboratoriais podem auxiliar na deteção do alergénio ou na confirmação do diagnóstico em alguns casos
Avaliação do filme lacrimal (detetar presença de imunoglobulina E
Testes cutâneos (prick test, patch test, teste cutâneo intradérmico, RAST)
A partir de qualquer idade.
Mães fumadoras tem filhos com alergias mais precocemente e mais graves do que as não fumadoras
São pontos esbranquiçados característicos de alergia ocular.
Podem estar localizados no limbo, na conjuntiva bulbar e na superfície da córnea.
Podem provocar alterações da superfície da córnea, como queratite epitelial puntacta, ulceras, neovascularização e cicatriz periférica.
Dermatite atópica pode estar associada
Representa uma reação imunológica desencadeada pelo atrito mecânico prolongado da conjuntiva palpebral superior por uma lente de contacto, prótese ocular, fio de sutura exposto ou uma bolha filtrante (pós cirurgia glaucoma).
As lentes de contacto devem ser suspensas pelo menos 4 semanas.
Anti-histamínicos e estabilizadores de mastócitos tópicos.
Pode ocorrer catarata, glaucoma, ulceras de córnea ou perda da acuidade visual de uma forma permanente.