Blefarite

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O que é

É uma inflamação aguda ou crónica do bordo palpebral, especialmente nos folículos das pestanas e das glândulas (meibomio) que estão entre elas.

Por norma, esta associado a uma proliferação excessiva das bactérias que se encontram na pele e conjuntivite.

Ela acontece porque as glândulas do bordo se obstruem, a gordura que normalmente drenam fica na base das pestanas, fazendo com que esteja criado um ambiente ótimo para a proliferação de bactérias, que por sua vez libertam toxinas e estas irritam a superfície ocular.

Geralmente bilateral e simétrica.

Tratamento

Tratamento médico, mas...

...nos casos mais leves, a lavagem com produtos de PH neutro e higiene palpebral chega.

Nos casos mais moderados, podemos associar o uso de pomadas.

Nos casos mais graves, pode ser necessário o uso de antibióticos orais.

O uso de colírios lubrificantes tem o intuito de melhorar os sintomas irritativos durante o tratamento.

Perguntas Frequentes

A comichão nas pálpebras pode ser devido a muitas razões, mas o mais frequente, sobretudo nas pestanas é a blefarite.

É uma inflamação do bordo das pálpebras, localizada nos folículos das pestanas.

Esta associado a proliferação excessiva de bactérias (estafilococos) que se encontram na pele.

Os casos mais leves se tratam com colírios e pomadas anti-inflamatórias e antibióticos, enquanto nos mais graves com antibióticos orais.

É importante consultar um oftalmologista já que a maioria dos casos de blefarite pode ser crónica.

É uma inflamação do bordo palpebral, especialmente nos folículos das pestanas e das glândulas (meibomio) que estão entre elas.

Ela acontece porque as glândulas do bordo se obstruem, a gordura que normalmente drenam fica na base das pestanas, fazendo com que esteja criado um ambiente ótimo para a proliferação de bactérias, que por sua vez libertam toxinas e estas irritam a superfície ocular.

É consequência de uma resposta celular anormal aos componentes da parede celular dos estafilococos aureus (causando olho vermelho e infiltrados corneanos periféricos).

Manifesta-se com crostas duras, eritema, prurido, edema do bordo palpebral de uma forma bilateral.

Pode dar origem a um chalázio, queratite marginal, instabilidade associada do filme lacrimal e osso seco.

Consiste num excesso de produção lipídica das glândulas zeiss e, sobretudo, das glândulas de meibomio.

Manifesta-se com eritema bordo palpebral, escamas tipo crostas moles, amareladas, na base das pestanas, associando-se a seborreia generalizada.

Pode-se associar também a perda (madarose), desvio (triquíase) e a despigmentação (poliose) das pestanas.

É uma doença (moraxella lacunae e estafilococos aureus) das pálpebras, produzindo uma inflamação com fissura do canto externo (mais frequente) e interno.

Clinicamente apresenta-se uma pele húmida e macerada, escamosa, eritematosa, unilateral com conjuntivite papilar e folicular associada.

Pode dar origem a um hordéolo, instabilidade filme lacrimal, olho seco, conjuntivite papilar de repetição, erosões corneanas ponteadas e mau posicionamento palpebral.

Sim, é verdade, pioram pela manha, embora possam aumentar durante o dia em pessoas com olho seco associado.

Acne
Rosácea
Dermatite seborreica

Demodex folliculorum pode causar blefarite anterior associada a distúrbios dos cílios e o Desmodex brevis pode favorecer o desenvolvimento de blefarite posterior com disfunção da glândula meibomiana e queratoconjuntivite.

Os principais sintomas da infestação por Demodex são prurido, ardor, olho seco, sensação de corpo estranho, descamação e vermelhidão da margem da pálpebra e visão embaçada.

Existe uma estreita correlação entre a gravidade da rosácea e a blefarite causada por este ácaro.

Perguntas Não Frequentes

Um ordéolo é uma oclusão de uma glândula sebácea que provoca uma inflamação e inchaço da pálpebra.

Pode ocorrer em pessoas com blefarite crónica.

Normalmente o tratamento é a base de colírios e pomadas anti-inflamatórias e compressas quentes.

No caso em que temos de colocar a pomada no olho, devemos de lavar as mãos antes e depois de a utilizar.

Em primeiro lugar devemos puxar a pálpebra inferior para baixo, seguidamente aplicar pomada no fundo de saco conjuntival e tentar não fechar com força o olho.

Sim, é normal. Ao colocar a pomada fica a ver turvo, que desaparece quando pestaneja ao fim de algum tempo.

É uma doença adquirida da pálpebra, frequente, isolada ou associada a uma cicatrização secundaria do bordo palpebral pós blefarite crónica ou pós-herpes zóster oftálmico.

Consiste no direcionamento para trás das pestanas, mas numa fila anatómica normal.

Pode provocar erosões epiteliais punctiformes e irritação ocular, úlcera córnea e formação de pannus vascular.

É uma anomalia caraterizada pelo crescimento de pestanas acessórias, nos orifícios das glândulas de meibomio.

Pode ser congénita ou adquirida.

Formam uma fila adicional de pestanas, localizada ao nível dos orifícios das glândulas de meibomio.

As pestanas são mais delgadas, mais curtas e menos pigmentadas do que as pestanas normais.

Clinicamente, ocorre irritação ocular, com sensação de corpo estranho.

É causada pela metaplasia e diferenciação das glândulas de meibomio, que se convertem em folículos pilosos.

A causa mais frequente é a conjuntivite cicatrizante, síndrome de stevens-johnson e penfigoide cicatricial ocular.

É uma resposta inflamatória que se segue à exposição de medicamentos ou cosméticos.

A pessoa sensibiliza-se á primeira exposição. Desenvolve-se uma resposta imunitária em exposições posteriores.

Clinicamente pode ocorrer edema e descamação palpebral, quemose, olho vermelho, conjuntivite papilar, erosões corneanas punctiformes, sensação de picada e lacrimejo após exposição.

Também chamada de eczema, é frequente, idiopática ou associada á asma e febre de fenos.

A pele das pálpebras apresenta-se grossa, com crostas e fissuras verticais, associadas a uma blefarite estafilocócica e madarose.

É uma doença venérea, com maior prevalência em crianças, mas também nos adultos, com más condições higiénicas, correspondendo a uma infestação das pestanas (piolhos e as lêndeas).

A pessoa queixa-se de um prurido intenso, irritação ocular crónica, apresentando o bordo palpebral sinais de eritema, ardor, sensação de picadas.

Os piolhos e as lêndeas alojam-se na base das pestanas.

É uma infeção cutânea causada por um vírus (poxvirus humano).

Corresponde a um nódulo cupuliforme, unilateral ou múltiplo, pálido, com 2-4 mm de diâmetro, elevado, com o centro umbilicado.

Apresenta-se de uma forma assintomática, transmitindo-se por contacto com as pessoas infetadas.

As lesões do bordo palpebral podem libertar o vírus para o filme lacrimal, originando uma conjuntivite folicular crónica e queratite epitelial unilateral.

Espontaneamente resolve-se entre os 3-12 meses, mas pode ser necessário fazer laser.