A ambliopia é uma diminuição da acuidade visual unilateral ou bilateral originada por privação da visão e/ou da interação binocular anormal para a qual não existe doença ocular ou da via ótica, e que em casos apropriados, é reversível através de meios terapêuticos adequados.
Considera-se que existe ambliopia quando a acuidade visual é 6/10 bilateral ou a diferença de acuidade visual entre os dois olhos é 2 ou mais linhas na escala de Snellen.
...tratar a causa subjacente e por sua vez obrigar e estimular o olho amblíope a ver, penalizando o olho bom.
O tratamento da ambliopia deve de ser sempre tentado até aos 8-10 anos, depois dessa idade a capacidade de recuperação visual diminuí.
Penso oclusivo, tapando o olho bom, obrigando dessa forma o olho amblíope a ver (mais eficaz).
Aplicação de Filtro de Bangerter na face interna dos óculos.
Colocação de Atropina 1% (Colírio) no olho bom, ao deitar ou apenas ao fim de semana.
Correção da graduação.
Os esquemas da oclusão mais habituais são:
total ou permanente (24h/dia) durante 3 semanas se AV<3/10; 6-8h/dia se AV 4-6/10 e 2h/dia se AV>7/10, sendo a reavaliação da recuperação da oclusão entre 10-15 semanas.
Deve-se avisar os pais que pode ocorrer após os tratamentos perda de binocularidade ou de acuidade visual do olho bom, assim como surgir ou aumentar um desvio ocular.
As oclusões oculares se fazem para obrigar o olho amblíope (“preguiçoso”) a ver melhor, tapando o olho melhor.
Os esquemas da oclusão mais habituais são: total ou permanente (24h/dia) durante 3 semanas se AV<3/10; 6-8h/dia se AV 4-6/10, 2h/dia se AV>7/10, sendo a reavaliação da recuperação da oclusão entre 10-15 semanas.
No olho amblíope, a acuidade visual por diferentes causas não se desenvolve de uma forma natural.
O olho é anatomicamente normal, ou seja, a sua estrutura interna é normal, mas não desenvolveu a visão.
Ambliopia por estrabismo, anisometropia, opacidade dos meios (catarata, ptose), ametrópica bilateral (erro de refração) e por lesões retinianas.
Deve ler sempre o prospeto do medicamento antes de o usar.
Não deixe que a ponta do frasco toque no olho ou noutras superfícies, encerrando-o bem após o seu uso, mantendo o mais estéril possível.
O mais fácil é colocar as gotas pedindo á criança que olhe para cima, enquanto pressiona a pálpebra inferior para baixo, abrindo mais o olho.
A atropina causa dilatação da pupila (parte escura dentro do olho) em quase todos os casos.
Não se deve preocupar ou assustar.
A criança queixa-se após a sua aplicação de visão turva, aumento da sensibilidade á luz e dificuldade na visão para perto e longe (todas as situações são normais).
Pode utilizar óculos de sol.
Deve de consultar o seu médico se ocorrerem sintomas como confusão, instabilidade, alteração do comportamento, desorientação, pele seca, febre, edema facial ou alucinações
Nos últimos anos, com o avanço das tecnologias, as crianças mudaram bastante os seus hábitos e estilos de vida, sobretudo com o uso dos telemóveis, tablets e videojogos, pelo que surge a necessidade urgente de clarificar os problemas que eles possam ou não trazer.
Assim dessa forma, segundo muitos estudos já publicados eles podem provocar e acentuar defeitos refrativos (sobretudo miopia), olho seco e fadiga visual e ocular.
O seu filho pode ter acesso as novas tecnologias, mas sempre de uma forma controlada.
As crianças devem fazer pausas de alguns minutos por cada 30 minutos ou por bem, permitir o seu uso em horários mais restritos, de forma a ensinar a criança a ter um controle disciplinar sobre o seu uso.
Por exemplo, deve de usar os videojogos às 6f e sábados a tarde, o tablet 30-60 minutos todos os dias durante a semana a tarde, o computador limitado às atividades escolares e a horas concretas para ir ver as redes sociais ou correio eletrónico, utilizadas como um prémio por algo que fez bem previamente.
Estar a uma distância correta do computador.
Usar os óculos.
Não estar sobre luz muito intensa (risco olho seco).
A letra do computador seja um pouco maior e com bom contraste.
O tempo de uso deve de ser controlado (risco de fadiga ocular).
Evitar o uso de jogos em 3D (sobretudo em crianças < 6 anos idade).
A miopia é um defeito refrativo no qual a criança vê bem para perto, mas mal para longe.
A prevalência da miopia depende da idade, dos antecedentes familiares e neste caso nas atividades para perto, porque o esforço que mantem para focar objetos para perto pode fazer aumentar a miopia.
A miopia está associada segundo recentes estudos ás horas ao ar livre (quanto mais horas ao ar livre, menos miopia).
Normalmente a miopia pode aparecer entre os 6-8 anos idade e a taxa de progressão é de 0,5 dioptrias por ano.
O uso de dispositivos eletrónicos nas crianças, pode ocasionar um aumento de miopia quando atingem a idade adulta, especialmente naqueles que tem antecedentes familiares.
Quando estamos muito tempo em frente a um computador, no final do dia podemos sentir uma sensação de areia, picada, ardor ou um aumento do tremor palpebral, pelo que muitas vezes é chamado de “sensação de corpo estranho”. Isto é devido, a que pestanejamos menos vezes que o normal quando estamos em frente ao computador e dai a secura ocular.
Quantas vezes já viram as crianças a olhar para o computador ou os videojogos, sem pestanejar, parecendo que estão completamente ausentes do mundo? Pois ao final do dia, podem ter o olho vermelho, devido a secura ocular que ocorre.
No caso dos tablets é mais notório atendendo a que eles emitem luz, e essa luz agrava a secura ocular.
O uso de dispositivos eletrónicos nas crianças, pode ocasionar um aumento de sensação de olho seco e hiperemia conjuntival. Esta situação não é grave para o olho, mas causa desconforto transitório.
Em 2010 a Nintendo lançou uma nota de aviso para que as crianças com menos de 6 anos não deviam de usar consolas em 3D e propôs que os pais desativassem essa opção.
Infelizmente nem todos dispõem dessa opção, mas seria interessante ter isso em conta. Normalmente a visão não está completamente desenvolvida nas crianças, e por tanto, o uso destes dispositivos pode muito bem vir a altera-la.
O uso de dispositivos eletrónicos em geral, podem causar fadiga visual nas crianças com altas hipermetropias, já que estes necessitam de usar mais a visão para perto. Além do mais, em algumas crianças tem estrabismos ocultos.