Tumores Oculares

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O que é

Cerca de 10% dos tumores provocam metástases no olho
Cerca de 50% dos pacientes com metástases oculares são provenientes do pulmão
Até 50% dos Retinoblastomas são transmitidos de uma geração a outra.

Os tumores (benignos ou malignos) podem aparecer no olho (úvea, coroide ou retina)
Dada a sua delicada localização é necessário obter um diagnóstico precoce.
O seu tratamento atempado é crucial para salvar a visão, o olho e o muitas vezes o próprio paciente.

Tratamento

...tipo, localização e seu tamanho.

O objetivo é salvar a vida, conservar o globo ocular e preservar a acuidade visual.

Para o melanoma da coroide o tratamento de eleição pode ser a braquiterapia, com a introdução de uma placa radioativa de Ruténio ou Iodo na zona tumoral, sendo uma opção minimamente invasiva e com poucos efeitos secundários.

Nos melanocitomas, o tratamento não está indicado, podendo contundo, ser necessário tratar as complicações e alterações associadas.

O hemagioma coroide, pode ser tratado com terapia fotodinâmica

Os Retinoblastomas são tratados de uma forma individual, ou seja, ajustado a cada caso, atendendo ao grupo de risco em que esta agrupado e seguindo as classificações Reese-Ellsworth e a internacional dos retinoblastomas (laserterapia, crioterapia, termoterapia transpupilar, braquiterapia, radioterapia externa com feixe de protões, quimioterapia, cirurgia (enucleação e exenteração orbitária).

Perguntas Frequentes

Os tumores podem ocorrer em qualquer tecido, mas o mais frequente, no adulto, é o melanoma da coroide, um tumor que pode ser tratado com radioterapia.

Outros tecidos em que podem ocorrer tumores malignos são os tumores da conjuntiva, glândula lacrimal, na orbita, por exemplo.

Também existem os tumores benignos, que normalmente são removidos com facilidade.

Na criança, existe um tumor especialmente conhecido da retina, chamado de retinoblastoma, no qual nos dá uma aparência de uma pupila esbranquiçada, devendo este ser tratado o mais precocemente possível, pois tem uma elevada mortalidade.

O tratamento tem como objetivo salvar a vida, conservar o globo ocular e preservar a acuidade visual.

É ajustado a cada caso, após avaliação do grau de ameaça da doença metastática, do risco de neoplasias secundarias, da situação sistémica da criança, da lateralidade da doença e do tamanho e localização do tumor.

A atitude comtempla a enucleação dos olhos com lesões graves e o tratamento conservador, com quimioterapia e terapêuticas locais, nos restantes casos, sendo que o recurso à radioterapia externa é cada vez mais raro.

Tumores de dimensões superiores a 50% do volume intraocular
Invasão do nervo ótico, coroideia e órbita
Extensão tumoral para o segmento anterior
Glaucoma neovascular doloroso
Falência das terapêuticas conservadoras

Tumor vascular benigno da retina

Esporádico ou em associação com a doença de Von Hippel-Lindau.

Sintomas (assintomático, diminuição da acuidade visual).

Sinais (lesão retiniana arredondada, circunscrita, de coloração vermelho-alaranjada, com feeder e draining vessels proeminentes, exsudação intra e subretiniana, edema macular, descolamento da retina e membrana epirretiniana.

Localizados na média periferia e justapapilar, mas também perifericamente.

A escolha do tratamento é um enorme desafio, dependendo de vários fatores como o tamanho, localização, presença de fluido subretiniano e da acuidade visual. (fotocoagulação a laser, crioterapia, braquiterapia, terapêutica fotodinâmica, vitrectomia, injeção intravítrea de antiangiógenicos).

É um hamartoma vascular raro, unilateral, constituído por aneurismas saculares intrarretinianos (raramente aumentam de tamanho).

Esporádico ou associado a lesões cutâneas (hamartoma cutâneo angiomatoso), cerebrais (hemagioma cavernoso cerebral) ou hepáticas.

Sintomas (assintomático, diminuição da acuidade visual).

Sinais (tumor isolado em forma de cacho uva, situado nas camadas internas da retina ou na disco ótico, membrana epirretiniana, hemorragia subretiniana).

Geralmente não requerem tratamento, pois o seu aumento de tamanho não é frequente.

Perguntas Não Frequentes

Retinoblastoma
Doença de Coats
Persistência de vítreo primário hiperplástico
Toxocariase
Doença de Norrie
Cicatriz de retinopatia da prematuridade
Pars planitis
Endoftalmite
Retinites
Infiltrados leucémicos

A espessura superior a 2 mm
Presença de fluido subretiniano
Presença de pigmento alaranjado
Margens próximas do disco ótico (<3 mm) Vazio ecográfico Ausência de halo de despigmentação e de drusas na sua superfície Alterações visuais

Doença neurocutânea, esporádica, caraterizada por malformações capilares faciais, angiomas leptomeningios e alterações vasculares coroideias.

Associado a glaucoma (30%), hemagioma escleral e heterocromia da iris, do lado do hemagioma, especialmente se atinge a pálpebra superior.

Mancha em “cor do vinho porto” facial, que se estende sobre a região do ramo do nervo trigémeo.

Tratamento médico, goniotomia e trabeculectomia.

Nevo benigno

Acumulação excessiva de melanócitos na lâmina choroidalis.

Variante de nevo que ocorre na cabeça do nervo ótico.

Podem ocorrer na coroideia, corpo ciliar, iris, conjuntiva e esclera, bem como órbita e meninges.

Sintomas (alterações campo visual, defeito pupilar, diminuição do campo visual).
Sinais (Lesão pigmentada, uniforme unilateral e densa, de cor castanho-escura a preta, com limites bem definidos, necrose espontânea do tumor com exsudação, neurorretinite, compressão do nervo ótico, oclusão vascular e glaucoma neovascular).

É um tumor benigno, idiopático, raro, geralmente unilateral e com maior predomínio no sexo feminino.

Formado por tecido ósseo maduro (trabéculas ósseas densas, medula óssea vascularizada com osteoclastos e osteoblastos).

Sintomas (assintomático, metamorfopsia, escotoma ou perda da acuidade visual).

Sinais (massa óssea na coroide, placoide, branco-amarelada, irregular, ligeiramente sobrelevada e com margens bem definidas, localizadas no polo posterior e peripapilar).

Tratamento (fotocoagulação a laser e injeção intravítrea de antiangiógenicos).

São complexos de sinais e sintomas que resultam da disfunção de tecidos distantes ao tumor primário ou suas metástases.

Como exemplo temos a retinopatia associada a carcinoma, retinopatia associada a melanoma e a proliferação melanocitica uveal difusa bilateral.

Em todos eles o prognóstico visual é reservado.